No Estado, 85,94% dos indígenas com 15 anos ou mais são alfabetizados, enquanto a média nacional é 84,95%
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No Amazonas, a taxa de alfabetização geral das pessoas com 15 anos ou mais (93,1%) está acima da média da Região Norte (91,8%) e ligeiramente acima da média nacional (93,0%). Com um total de 2.866.187 pessoas nessa faixa etária, o estado conta com 2.667.211 indivíduos alfabetizados, destacando um desempenho educativo acima da média regional. A taxa de alfabetização indígena no estado (85,94%) também é superior à da Região Norte (84,73%) e do Brasil (84,95%), com 275.025 indígenas alfabetizados entre 320.027. Esses dados evidenciam uma ligeira vantagem em relação à inclusão educacional indígena no Amazonas.
Ao analisar os três municípios do Amazonas com maior população indígena, Manaus apresenta os melhores índices gerais e indígenas, com taxas de alfabetização de 97,0% e 94,26%, respectivamente. São Gabriel da Cachoeira, com uma expressiva proporção de população indígena, tem taxas de alfabetização indígena (89,97%) e geral (90,6%) ligeiramente inferiores à média estadual, mas acima da média regional. Tabatinga apresenta os menores índices entre os três municípios, com taxa de alfabetização indígena de 86,12% e geral de 90,5%, sugerindo desafios locais para a educação, especialmente entre os indígenas.
Considerando apenas a população de 15 anos ou mais de idade. No Amazonas, em 2022, a população indígena de 15 anos ou mais totalizou 320.027 pessoas. Os três grupos etários com maior proporção foram os de 25 a 34 anos (22,4%), 35 a 44 anos (18,2%) e 20 a 24 anos (14,2%), representando um segmento majoritariamente jovem-adulto. Mostrando relevância das faixas economicamente ativas na composição populacional indígena do estado.
Entre os seis municípios com maior presença indígena, os destaques por grupos etários são: em Autazes, as faixas de 25 a 34 anos (22,2%) e 35 a 44 anos (17,8%) foram mais representativas. Em Manaus, os grupos de 25 a 34 anos (21,1%) e 35 a 44 anos (21,1%) se destacaram igualmente. Em São Gabriel da Cachoeira, prevaleceram os de 25 a 34 anos (22%) e 35 a 44 anos (16,9%). Em São Paulo de Olivença, as maiores proporções foram nos grupos de 25 a 34 anos (23,3%) e 35 a 44 anos (17,3%). Para Tabatinga, os destaques foram as faixas de 25 a 34 anos (23,7%) e 20 a 24 anos (15,9%). Já em Tefé, os grupos de 25 a 34 anos (22,5%) e 35 a 44 anos (18,3%) tiveram as maiores proporções. Demonstrando o predomínio de jovens-adultos em todos os municípios analisados.
No Brasil, em 2022, entre as 206.667 crianças indígenas de até 5 anos, 94% tinham registro de nascimento, sendo 89,1% em cartório e 5% pelo Registro Administrativo de Nascimento Indígena (RANI). No Amazonas, com um total de 71.125 crianças nessa faixa etária, 94,1% tinham registro, sendo 87% em cartório e 7,1% pelo RANI, enquanto 5,5% estavam sem registro e 0,3% não sabiam ou não declararam. Proporcionalmente, o Amazonas apresentou indicadores similares à média nacional, mas com maior uso do RANI devido à presença significativa de comunidades indígenas.
Nos cinco municípios amazonenses com maior número de indígenas, São Gabriel da Cachoeira teve 89,9% das crianças com registro, 87,6% em cartório e 2,4% pelo RANI, enquanto 9,5% estavam sem registro. Em São Paulo de Olivença, 96,8% tinham registro, com 82,7% em cartório e 14,1% pelo RANI, e apenas 2,6% sem registro. Em Tabatinga, 96,4% tinham registro, 91,7% em cartório e 4,7% pelo RANI, e 3,3% estavam sem registro. Em Autazes, 97,7% tinham registro, 88,9% em cartório e 8,8% pelo RANI, enquanto 2,2% estavam sem registro. Em Tefé, 96,3% tinham registro, predominantemente em cartório (95,8%), e 3,7% estavam sem registro. Esses dados refletem avanços no registro de nascimento, mas destacam desafios em localidades mais remotas, onde o uso do RANI é mais frequente.