BIOTECNOLOGIA

Natura anuncia inauguração de novo centro de inovação na Amazônia, no Pará, antes da COP 30

O centro será um polo de desenvolvimento sustentável, promovendo a biodiversidade brasileira e impulsionando a transição para uma economia de baixo carbono.

Luana Carvalho
economia@acritica.com
14/12/2024 às 13:02.
Atualizado em 14/12/2024 às 14:07

(Foto: Luana Carvalho/A CRÍTICA)

Durante evento que reuniu jornalistas e influenciadores na Pinacoteca de São Paulo, o presidente da Natura e Avon, João Paulo Ferreira, destacou os avanços e os novos objetivos do grupo no campo de ESG (Ambiental, Social e Governança).

Além de causar impacto positivo, a Natura pretende fortalecer ainda mais a biodiversidade brasileira. Ele também anunciou a inauguração de um novo centro de inovação na Amazônia, no Estado do Pará, que servirá de polo de inovação da biodiversidade.

“O Brasil tem todas as condições para liderar transição climática, economia de baixo carbono e bioeconomia”, ressaltou.

O novo centro de inovação e pesquisa de bioativos na Amazônia está previsto para ser inaugurado antes da COP30, que ocorrerá em Belém no próximo ano. Segundo ele, o centro será um polo de desenvolvimento sustentável, promovendo a biodiversidade brasileira e impulsionando a transição para uma economia de baixo carbono. O grupo já possui, na região Norte, considerada a “segunda casa da Natura”, o EcoParque, um centro de pesquisa em Benevides, também no Pará.

“A Natura está lá há 25 anos. Então,em colaboração com outras empresas, governos, terceiros setores, a gente consegue ajudar a estruturar a mecânica de financiamento. Eu achei que esse é um grande exemplo. Agora, o nosso centro de inovação está aberto para pesquisadores. Sempre esteve em várias áreas, como a indústria farmacêutica, indústria de alimentos. Sempre recebemos pesquisadores dessas áreas, para buscar enriquecer o valor dessas cadeias”.

(Foto: Luana Carvalho/A CRÍTICA)

O executivo também afirmou que pretende alcançar metas de visão do grupo antes do planejado. “Chegou o momento de revisitar nossa missão 2050, divulgada há uma década, porque tanto o mundo quanto a empresa mudaram. Podemos ir além e trabalhar pela regeneração. O que pretendemos alcançar até 2050, que é a neutralização total de carbono, faremos até 2030”, reforçou.

Para ele, a sustentabilidade sozinha não é mais suficiente: “Sustentar o mundo como está não é uma boa ideia. Devemos buscar restaurar,inovar e regenerar.” Ele acredita que os ativos socioambientais do Brasil podem se tornar motores de inovação, gerando novos produtos e serviços que ajudem tanto a preservar o meio ambiente quanto a fortalecer comunidades locais.

Parcerias estratégicas na Amazônia

A Natura também está investindo em parcerias estratégicas na Amazônia. O presidente destacou a criação do mecanismo Blended Finance Amazônia Viva, que une recursos de entidades como o Fundo Vale, Banco Mundial e Fumbio. Essa iniciativa busca financiar a infraestrutura de comunidades extrativistas e promover o desenvolvimento de projetos de bioeconomia na região.

“Operar na Amazônia significa operar em parceria. Existem muitos recursos disponíveis para investirem bioeconomia, mas faltam projetos e mecanismos que facilitem esses investimentos. É nisso que estamos trabalhando”, explicou Ferreira.

De olho na COP30, a Natura pretende não apenas apresentar seus compromissos,mas também influenciar o debate público sobre sustentabilidade e bioeconomia. O executivo enfatizou que
a empresa está alinhada como potencial do Brasil para liderar a transição climática e a economia verde.

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